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ERA, EMMA e ALICE

Muitas vezes, quando não se encontra rapidamente a causa da infertilidade de um casal, é preciso fazer exames mais específicos. EMMA, ERA e ALICE são três exames específicos para avaliar o endométrio: a camada que reveste o útero e que precisa estar nas condições ideais para que a implantação do embrião aconteça.

Repetidas falhas de implantação e perdas gestacionais sem a identificação de uma causa para estes acontecimentos pode sugerir que a causa da infertilidade resida no endométrio. 

O endométrio é a camada que reveste a parede interna do útero, e isso faz dele um ator importante na implantação do embrião. Quando suas condições não são ideais para receber uma nova vida, podem ocorrer abortos espontâneos, ou ainda, pode acontecer do embrião sequer implantar no útero.

Quando isso acontece, a medicina reprodutiva lança mão de exames avançados para investigar detalhadamente o endométrio para então, tentar identificar se existe algum problema que possa ser corrigido para conseguirmos uma gestação.

Os três exames que pesquisam o endométrio em detalhe são: ERA, EMMA e ALICE. Conheça cada um deles a seguir:

E.R.A.

O QUE É O ERA? 

E.R.A. é a abreviação do termo em inglês Endometrial Receptivity Array (ou Teste de Receptividade Endometrial). Na medicina reprodutiva, partimos do princípio que a grande maioria das mulheres possui uma janela de receptividade fixa dentro do seu ciclo. Trata-se do melhor momento para que a implantação de um embrião aconteça. Este melhor momento é chamado de Janela de Implantação.

Acontece que em uma pequena porção da população, esta janela de implantação pode estar deslocada, o que pode gerar uma falha de implantação em um tratamento de FIV. O ERA é o exame capaz de detectar exatamente a janela de implantação de uma mulher e com esta informação, o médico pode fazer a transferência do embrião no momento mais favorável para que a gestação evolua.

COMO É FEITO O ERA?

Por meio de uma biópsia do endométrio. Por volta do 21º dia do ciclo menstrual, o médico colhe uma amostra do endométrio da paciente que, então, é submetido a uma análise dos genes responsáveis pela receptividade endometrial. 

QUANDO É INDICADO FAZER O ERA?

Por ser um exame de alta complexidade, ele é indicado apenas para pacientes que já tiveram histórico de falhas de implantação de repetição, especialmente se não houver nenhuma outra causa aparente de infertilidade no casal.

 

E.M.M.A.

O QUE É O EMMA? 

EMMA é a abreviação da expressão Análise Metagenômica Do Microbioma Endometrial. Este exame, como seu próprio nome sugere, avalia a flora endometrial para identificar algum possível desequilíbrio que esteja causando a dificuldade de implantação dos embriões.

Também realizado por meio de uma biópsia do endométrio, o EMMA avalia a quantidade de lactobacilos no local e, em caso de excesso ou deficiência destes organismos, é possível traçar um plano de tratamento para que esta mulher tenha sucesso em uma futura tentativa de engravidar.

QUANDO É INDICADO FAZER O EMMA?

Assim como o ERA, o EMMA também é indicado apenas para pacientes com histórico de falhas de implantação repetidas sem outros fatores de infertilidade aparentes.

A.L.I.C.E.

O QUE É O ALICE? 

Este exame é indicado para identificação de infecções bacterianas no útero. Também conhecido como Análise de Endometrite Crônica, o ALICE é um exame que auxilia no diagnóstico de patógenos presentes na cavidade uterina que estejam impedindo a paciente de engravidar.

Com a ajuda do ALICE, o médico pode traçar estratégias de tratamento por meio de antibióticos ou probióticos de forma a  restabelecer a saúde uterina para que esta mulher possa tentar engravidar posteriormente, quando seu útero estiver em condições de receber um embrião. 

QUANDO É INDICADO FAZER O ALICE?

Quando há suspeita de endometrite crônica, recomenda-se realizar o ALICE, haja vista que seus resultados são mais efetivos quando comparado aos métodos tradicionais de diagnóstico, como a histeroscopia, histologia e microbiologia.

 

Nota: por se tratar de fatores biológicos, físicos e individuais de cada paciente, a realização do tratamento não é garantia de gravidez.

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